Nós, Salesianos de Dom Bosco, somos uma organização internacional de pessoas dedicadas em tempo integral ao serviço dos jovens, especialmente dos mais pobres e abandonados.
Em qualquer lugar trabalhemos, o desenvolvimento integral dos jovens através da educação e da evangelização está no centro do nosso compromisso, porque acreditamos que a nossa total dedicação aos jovens é o nosso melhor presente à humanidade.
Fundados por São João Bosco, um santo educador italiano do século XIX, estamos presentes em 131 países.
Este site oficial da nossa comunidade internacional quer ajudá-los a conhecer o que estamos fazendo, como agimos e por que acreditamos que aquilo que fazemos merece nossa vida e nossa morte.
Caminhando com os jovens… Tomem parte nesta aventura!
Cada um de nós é chamado por Deus a uma vocação pessoal. Além disso, não fomos chamados todos a viver da mesma maneira a vocação salesiana. Alguns são chamados a serem "Salesianos Clérigos", outros a serem "Salesianos Leigos" (ou Salesianos Coadjutores). Os Salesianos Clérigos são aqueles que se dedicam ao serviço dos jovens através de seu ministério sacerdotal ou como Diáconos Permanentes, ou como Padres (a palavra clérigo indica quem está se preparando para a ordenação como diácono ou padre). O Salesiano Leigo é aquele que se dedica, com a mesma vocação, a servir os jovens continuando no estado laical como irmão entre os irmãos.
"Cada um de nós é responsável pela missão comum e dela participa com a riqueza de seus dons e das características laical e sacerdotal da única vocação salesiana.
O salesiano coadjutor leva para todos os campos educativos e pastorais o valor próprio de sua laicidade, que o torna de modo específico testemunha do Reino de Deus no mundo, mais próximo dos jovens e das realidades do trabalho.
O salesiano presbítero ou diácono leva ao trabalho comum de promoção e de educação para a fé a especificidade de seu ministério, que o torna sinal de Cristo pastor, principalmente com a pregação do Evangelho e a ação sacramental. A presença significativa e complementar de salesianos clérigos e leigos na comunidade constitui um elemento essencial de sua fisionomia e completeza apostólica". (Const. 45)
Para ver esse texto na íntegra: http://www.sdb.org/index.php?ids=9&sott=8&ty=1
cumprimento-os e confidencio-lhes a minha imensa alegria de enviar esta mensagem. São palavras e sentimentos que recolho perante o Senhor Jesus, Bom Pastor. Peço ao seu coração misericordioso que ilumine suas mentes, aqueça seus corações e encha suas vidas de sentido e dinamismo.
Trago-os todos os dias no coração e rezo incessantemente por todos vocês; sim, rezo por vocês, porque a orientação profunda da minha vida é permanecer unido a Cristo e entregar-me totalmente a vocês. Neste sentido, rezo sempre por todos, e, ao visitar as casas salesianas espalhadas pelo mundo, quando me deparo com os seus rostos regozijo-me e bendigo o Senhor. Leio em seus olhos luminosos e alegres uma grande vontade de viver e o desejo velado de fazer algo de belo da própria vida. É natural que coloquem a questão sobre o quê e como fazer. Admiro-me que muitos de vocês ainda vivam incertos e confusos; e sei muito bem que nada esperam das teorias e dos programas. Para responder a essa questão, não posso fazer outra coisa que falar-lhes com o coração do nosso pai Dom Bosco. É ele quem lhes fala agora por meu intermédio, é ele quem cuida da vida presente e futura de vocês, porque ele os quer felizes nesta terra e para sempre.
Queridos Jovens, gostaria de lhes contar o que me fez compreender, de modo sempre mais profundo, o sentido da minha vida. Ele brotou e cresceu em mim através do encontro com uma pessoa “viva”...
Para conferir essa mensagem na íntegra clique aqui.
“...toda a pastoral, e em particular a juvenil, é radicalmente vocacional...” (Estreia 2011, p. 34)
Caríssimos irmãos salesianos, cooperadores, ex-alunos e todos os jovens,
P. Ildelfonso Mesquita, SDB
Estamos iniciando as atividades pastorais inspetoriais. Somos convidados a nos encontrarmos, conhecermos e trabalharmos juntos. Para tanto, fui designado a desempenhar meu ministério estando à frente da Animação Vocacional e Missionária e gostaria de contar com vosso apoio, incentivo e orações, para podermos trabalhar bem e colaborar na grande missão do Reino de Deus.
Toda a pastoral juvenil é radicalmente vocacional, por isso não podemos deixar de lado nosso compromisso com as vocações. É preciso acreditar que todo salesiano é chamado por Deus para desempenhar seu papel e carisma também na promoção vocacional. Desejo a todos um bom trabalho e uma boa convivência neste ano de 2011.
Fonte:
* * Dados Estatísticos: CG 26, Roma 2008;
** Annuario Pontificio 2008: Lista dos Grupos reconheceu oficialmente, ordenadamente de acordo com a data de afiliação adiada a 19.01.2011
Dom Bosco inspirou o início de um vasto movimento de pessoas que trabalham de diversos modos em favor da juventude. Ele mesmo fundou não só a Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco), como também o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e a Associação dos Cooperadores Salesianos. Incluindo estes e outros que surgiram em diversas partes do mundo, a Família Salesiana compreende hoje 28 grupos oficialmente reconhecidos com um total de 402.500 membros. Esses grupos vivem em comunhão recíproca, compartilham o mesmo espírito e continuam a missão iniciada por ele com vocações especificamente distintas. O carisma de Dom Bosco continua a inspirar pessoas de boa vontade. Existem atualmente outros 30 grupos que desejam ser membros da Família Salesiana.
Apóstolo da juventude. Figura ímpar
nos anais da santidade no século XIX, D. Bosco foi escritor, pregador e
fundador de duas congregações religiosas, tendo sobretudo exercido admirável
apostolado junto à juventude, numa época de grandes transformações. Dotado de
discernimento dos espíritos, do dom da profecia e dos milagres, era admirado
pelos personagens mais conhecidos da Europa no seu tempo.
Nascido em Murialdo, aldeia de Castelnuovo de Asti, no
Piemonte, aos dois anos de idade o seu pai faleceu, Francisco Bosco. Mas
felizmente tinha ele como mãe Margarida Occhiena, que lembra a mulher forte do
Antigo Testamento. Com sua piedade profunda, capacidade de trabalho e senso de
organização, conseguiu manter a família, mesmo numa época tão difícil para a
Europa como foi a do início do século XIX, dilacerada pelas cruentas guerras
napoleônicas. João Bosco tinha um irmão, dois anos mais velho que ele, e um
meio-irmão já entrando na adolescência.
A influência da mãe sobre o filho caçula foi altamente
benéfica. “Parece que a paciência e a doce firmeza de Mamãe Margarida
influenciaram São João Bosco, e que toda uma parte de sua amenidade, de seus
métodos afáveis, deve ser atribuída aos modos de sua mãe, à sua maneira de
ordenar e de prescrever, sem gritos nem tumulto. [...] Margarida terá sido uma
dessas grandes educadoras natas, que impõem sua vontade à maneira de doce
implacabilidade” [...].
Pintura de Nino Musio
“João Bosco é um entusiasta da Virgem. Mamãe Margarida lhe
revelou, pelo seu exemplo, a bondade, a ternura, a solicitude de Mamãe Maria.
As duas mães se confundem em seu coração. Dom Bosco será um dos grandes
campeões de Maria, seu edificador, seu encarregado de negócios”1.
A Providência falava a ele, como a São José, em sonhos. Aos
nove anos teve o primeiro sonho profético, no qual — sob a figura de um grupo de
animais ferozes que, sob sua ação, vão se transformando em cordeiros e pastores
— foi-lhe mostrada sua vocação de trabalhar com a juventude abandonada e fundar
uma sociedade religiosa para dela cuidar.
Extremamente dotado, tanto intelectual quanto fisicamente,
era um líder nato. Por isso, "se bem que pequeno de estatura, tinha força
e coragem para meter medo em companheiros de minha idade; de tal forma que,
quando havia brigas, disputas, discussões de qualquer gênero, era eu o árbitro
dos contendores, e todos aceitavam de bom grado a sentença que eu desse”2,dirá
ele em sua autobiografia. Observador como era, aprendia os truques dos
saltimbancos e prestidigitadores, de maneira a atrair seus companheiros para
seus jogos e pregação, pois desde os sete anos foi um apóstolo entre eles.
Possuía um vivo discernimento dos espíritos, como ele mesmo
afirmou: "Ainda muito pequeno, já estudava o caráter de meus companheiros.
Olhava-os na face e ordinariamente descobria os propósitos que tinham no
coração”3. Essa preciosa qualidade depois o ajudaria muito no apostolado com a
juventude.
Órfão de pai, muito pobre para estudar para o sacerdócio
como pretendia, e tendo sobretudo a incompreensão do meio-irmão, que o queria
no campo, aos 12 anos a mãe lhe pôs sobre os ombros um bornal com alguns
pertences e o enviou a procurar trabalho nas fazendas vizinhas. Assim o
adolescente perambulou pela região, servindo de garçom num café, de aprendiz de
alfaiate, de sapateiro, de marceneiro, de ferreiro, preceptor, tudo com um
empenho exímio, que o levará depois a ensinar esses ofícios a seus
"birichini"4 nas escolas profissionais que fundará.
A vida de São João Bosco é um milagre constante. É humanamente
inexplicável como ele conseguiu, sem dinheiro algum, construir escolas, duas
igrejas — uma sendo a célebre Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora — prover de
máquinas específicas suas escolas profissionais, nutrir e vestir mais de 500
rapazes numa época de carestia.
Para Pio XI, "em D. Bosco o sobrenatural havia chegado
a ser natural; o extraordinário, ordinário; e a legenda áurea dos séculos
passados, realidade presente”8.
Quando mais ele precisava e menos possibilidade tinha de
obter dinheiro, aparecia algum doador anônimo para lhe dar a exata quantia
necessitada. Mas ele empenhava-se também em promover rifas, leilões e tudo que
pudesse render algum dinheiro para sua obra.
Educador ímpar, e sobretudo eficaz diretor de consciências,
vários de seus meninos morreram em odor de santidade, sendo o mais conhecido
deles São Domingos Sávio. Dom Bosco escreveu-lhe a biografia e a de vários
outros.
Necessitando Dom Bosco de ajuda para seu apostolado
incipiente, não teve dúvidas em ir pedi-la à sua mãe, já entrada na velhice e
vivendo retirada junto ao outro filho e netos. Essa mulher forte pegou alguma
roupa e objetos de que poderia necessitar, e, sem olhar para trás, seguiu seu
filho a pé, nos 30 quilômetros que separavam sua vila de Turim. Tornou-se ela a
mãe de tantos "birichini", aos quais alimentava, vestia e ainda dava
sábios conselhos. Foi seguindo seu costume que seu filho instituiu as belas Boa
Noite, ou palavras edificantes aos meninos antes de eles irem dormir.
São João Bosco mantinha uma correspondência intensa,
escrevendo para imperadores, reis, nobreza, dirigentes da nação, com uma
liberdade que só os santos podem ter. Assim, transmitiu ao Imperador da Áustria
um recado memorável de Nosso Senhor para que ele se unisse às potências
católicas, a fim de se opor ao poderio crescente da Prússia protestante.
Escreveu também à nossa Princesa Isabel, recomendando-lhe seus salesianos no
Brasil. Ao rei do Piemonte, prestes a tomar medidas contra a Igreja, alertou-o
da morte que reinaria no palácio, caso isso ocorresse. Como o soberano não
voltou atrás, quatro membros da família real se sucederam no túmulo, em breve
espaço de tempo.
São João Bosco morreu em Turim a 31 de janeiro de 1888,
sendo canonizado por Pio XI em 1934.
Notas:
1.La Varende, Don Bosco, Le Livre de Poche Chrétien, Arthème
Fayard, Paris, pp. 15 e 21.
2.San Juan Bosco, Memorias del Oratorio, Primera Fase, 1, p.
7, in "Biografía y Escritos", B.A.C.
3.Id. Ib.
4.Plural de "birichino" — garoto, gaiato
(Dizionario Portoghese-Italiano, Italiano-Portoghese, Carlo Parlagreco e Maria
Cattarini, Antonio Vallardi Editore, Milano, 1960).
5.Pe. Rodolfo Fierro, SDB, Biografía y Escritos...,
Introdução, p. 14.
6.Id. ib., p. 15.
7.Id. ib., p. 51.
8.Discurso de 3 de abril de 1932, apud BAC, op. cit., p. 11.